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Vitor Andrioli

Formado em Ciências Econômicas pela UNICAMP com Mestrado em Desenvolvimento Econômico pela UFPR. Trabalha desde 2015 na Inteligência de Mercado da StoneX do Brasil como analista de Câmbio e Algodão.

Dólar renova suas máximas no fechamento, cotado a R$ 4,206

Fluxo deficitário e exterior incerto mantêm pressão sobre a moeda brasileira

Diante do fluxo cambial bastante deficitário, sem expectativa de reversão no curto prazo, e do cenário global e regional marcados por incertezas de ordem comercial e política, o dólar renovou seu recorde diante do real no encerramento do pregão à vista dessa segunda-feira (18), cotado a R$ 4,206. Esse é o maior valor nominal para a divisa no fechamento e fica abaixo apenas dos R$ 4,25 observados no intradia em setembro de 2015, quando a S&P rebaixou a nota de crédito soberano do Brasil para grau especulativo.

As negociações nesta terça-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra em São Paulo, devem seguir em tom de cautela e favorecer a manutenção do dólar em patamar valorizado diante da moeda brasileira. Nesta quarta-feira (20), o Federal Reserve divulgará a ata da última decisão de política monetária, de outubro.

O documento dará mais profundidade à visão dos membros do Comitê de Mercado Aberto (FOMC) sobre a conjuntura global e o desempenho da economia americana, e pode confirmar uma pausa no ciclo de afrouxamento de juros a partir da decisão de dezembro. Apesar da cautela acentuada no cenário internacional e do futuro ainda incerto de um acordo comercial entre EUA e China, os dados da atividade econômica e do mercado de trabalho americano ainda mostram sinais de robustez, sugerindo ser apropriada a manutenção da meta para a taxa de juros no intervalo atual.

Durante audiência como o Comitê Misto de Economia do Congresso americano, na semana passada, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que o “cenário base para a economia do país continua favorável” e que “uma expansão sustentada da economia (…) é o mais provável”. Em suas declarações, Powell repetiu que o Fed só retomará os cortes da taxa de juros no evento de uma “revisão substantiva do cenário de referência [do FOMC]”.

Sem mudanças previstas para a política monetária americana no curto prazo, diante da perspectiva de continuidade nos cortes da Selic em dezembro e no início de 2020, o diferencial de juros brasileiro deve continuar em trajetória de queda e exercer mais pressão sobre o real. Com o diferencial mais estreito, as aplicações no mercado brasileiro tornam-se menos atrativas em comparação com a segurança dos títulos do Tesouro americano e com os papeis da dívida soberana de outras economias emergentes, conferindo um viés deficitário ao fluxo de divisas no Brasil.

O par dólar/real operava em leve queda no mercado de câmbio brasileiro na manhã desta terça-feira, depois de ter se aproximado dos R$ 4,215 na primeira hora de negociação. No cenário doméstico, as expectativas dos investidores estão voltadas para a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, às 10h.

Na agenda da CAE, Campos Neto deve dar indicações sobre as perspectivas para a política monetária brasileira e discutir o Projeto de Lei Complementar (PLC) 19/2019 que trata da autonomia do BC. Espera-se que, diante do recorde registrado pela taxa de câmbio na véspera, o presidente da autoridade monetária também comente sobre ações para garantir a liquidez no mercado de divisas.

 

Vitor Andrioli

Formado em Ciências Econômicas pela UNICAMP com Mestrado em Desenvolvimento Econômico pela UFPR. Trabalha desde 2015 na Inteligência de Mercado da StoneX do Brasil como analista de Câmbio e Algodão.

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