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Ana Luiza Lodi

Ana Luiza Lodi

Formada em Ciências Econômicas pela UNICAMP com Mestrado em Teoria Econômica pela mesma universidade. Trabalha desde 2012 na Inteligência de Mercado da StoneX do Brasil, com foco na área de grãos.

Quais fatores influenciam o preço da soja?

A soja é uma commodity agrícola. Para ser caracterizada como tal, a oleaginosa precisa atender algumas características: padronização, não ser facilmente perecível, ser amplamente negociada ao redor do mundo e contar com muitos produtores e compradores. Usualmente, as commodities são produtos de menor valor agregado, como matérias-primas utilizadas para se produzir outras mercadorias.

Considerando sua classificação como commodity, o preço da soja é definido internacionalmente, respondendo a alterações no balanço de oferta e demanda global e adotando como referência principal a Bolsa de Chicago. Os players do mercado, como um produtor da oleaginosa, por exemplo, não conseguem influenciar os preços, a não ser por alguma especificidade local, trabalhando com os níveis determinados pelas forças de oferta e demanda. Assim, tradicionalmente, em períodos de estoques mundiais mais restritos de soja, os preços tendem a ficar mais elevados, enquanto uma oferta muito superior ao consumo condiciona uma queda das cotações.

Outro fator a ser considerado é o custo de produção, que tende a crescer ao longo do tempo, impactando o preço da soja. Entretanto, são variações no equilíbrio entre oferta e demanda que provocam variações bruscas nas cotações. Neste último caso, destaca-se a quebra de safra nos Estados Unidos em 2012, que levou os preços da oleaginosa aos seus níveis máximos históricos, perto de US$ 18,00 por bushel.

Apesar de a oferta de soja ser distribuída em um grande número de produtores ao redor do mundo, o grão é majoritariamente produzido em somente três países: Estados Unidos, Brasil e Argentina. Com isso, qualquer quebra de safra mais grave em uma destas localidades tende a afetar a disponibilidade mundial da oleaginosa.

Já o comportamento da demanda tende a apresentar um padrão mais previsível, com tendência de crescimento ao longo dos anos, mas sem variações tão bruscas. Contudo, como a China é a maior consumidora de soja e o destino de grande parte das exportações de Brasil e Estados Unidos, o contexto atual de casos recorrentes de peste suína africana no país tem trazido grande preocupação. Há perspectivas de que a demanda chinesa de soja possa cair acentuadamente afetando o balanço mundial da oleaginosa.

Para além das variáveis de oferta e demanda, medidas que distorcem a formação de preço da soja também podem influenciar o nível das cotações, a exemplo da guerra comercial entre China e EUA, que pressionou os preços em Chicago e resultou em prêmios muito fortalecidos sobre a soja brasileira.

 

Originalmente publicado na Revista Agropecuária Coopercitrus (edição nº 391, maio de 2019).

Ana Luiza Lodi

Formada em Ciências Econômicas pela UNICAMP com Mestrado em Teoria Econômica pela mesma universidade. Trabalha desde 2012 na Inteligência de Mercado da StoneX do Brasil, com foco na área de grãos.

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