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Mercado de milho deve experimentar novos momentos de alta nos próximos meses

Demanda nos EUA pode dar suporte a Chicago e clima volta a ganhar atenção na América do Sul

Para os próximos três meses, o mercado de milho deverá monitorar o avanço da colheita dos Estados Unidos, os indicadores de demanda norte-americana e a implementação da safra 2018/19 no Brasil e Argentina, fatores que abrem espaço para uma nova rodada de alta das cotações de Chicago, especialmente considerando que a normalização da oferta na América do Sul deverá exercer maior pressão sobre os preços (locais e globais) apenas em 2019.

+ Esse conteúdo faz parte do relatório “Perspectivas para Commodities – 4º trimestre”, que pode ser baixado e lido na íntegra aqui

A estimativa de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta para um rendimento de 11,34 ton/ha de milho, número que representa um novo recorde histórico. A oferta norte-americana tem a possibilidade de dar suporte, caso o USDA reduza a estimativa de produtividade nos próximos meses, mas a demanda, por outro lado, tem sido um fator marcadamente altista no mercado de milho.

“O bom desempenho das exportações está ligado à quebra de safra no Brasil e Argentina, países que juntos exportaram no período apenas 13,71 milhões de toneladas, 37% a menos que em 2017”, explica o analista de mercado da StoneX, João Macedo. Segundo os dados de embarques semanais do USDA, entre julho e setembro os EUA exportaram 16,88 milhões de toneladas do grão, um aumento de mais de 80% em comparação com o embarque de 9,34 milhões de toneladas no mesmo período de 2017.

Analisando o momento da safra na América do Sul, nota-se que há uma tendência de crescimento de área tanto no Brasil quanto na Argentina. A estimativa da StoneX aponta para um leve aumento de 2,11% para a área de milho verão, que deve chegar em 5,2 milhões de hectares. A área ainda está 15,3% abaixo dos 6,14 milhões de hectares semeados em 2014/15, dado que o milho no Brasil segue perdendo espaço para a soja no plantio de verão.

“Caso um aumento de área também seja verificado na safrinha e não sejam verificados problemas climáticos, a oferta, os preços e a exportação brasileiras tendem a se normalizar no próximo ano”, afirma o analista Macedo.

Para a Argentina, as estimativas podem recuar, fazendo com que o cereal ceda espaço à soja, uma vez que as novas taxas de exportação colocadas pelo governo Macri favorecem o plantio da oleaginosa. Apesar da taxa para o milho ser menor, de cerca de 10% frente os 28% cobrados para exportar soja, o mercado global do cereal no momento é muito mais competitivo, enquanto que a guerra comercial no mercado da oleaginosa está fazendo a China buscar origens que não os EUA para importar, o que garante uma certa segurança à exportação da Argentina. Além da maior capacidade de escoar a oleaginosa pelo contexto global, os preços pagos em portos argentinos estão cerca US$2,5/bushel acima da cotação em Chicago, o que demonstra que a demanda chinesa está elevando as cotações em outras regiões, o que pode tornar o milho menos atrativo ao produtor argentino.

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