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Inteligência de Mercado

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Brasil e Europa conferem suporte aos preços de açúcar no mercado internacional

Mesmo com perspectiva de quebra na safra de beterraba da União Europeia e mix alcooleiro no Centro-Sul do Brasil, mercado global mantém superávit

O mercado internacional de açúcar passou por forte recuperação altista entre o final de setembro e começo de outubro, sendo que apenas uma pequena parte da valorização pode ser explicada pela volatilidade no câmbio brasileiro. “A maior parte da alta foi resultado da expectativa de quebra na safra europeia de beterraba, de liquidação de vendas por parte dos especuladores e das já esperadas perdas no Centro-Sul do Brasil”, lembra o analista de mercado da StoneX, João Paulo Botelho.

+ Esse conteúdo faz parte do relatório “Perspectivas para Commodities – 4º trimestre”, que pode ser baixado e lido na íntegra aqui

Ainda assim, o cenário não foi suficiente para descartar balanço positivo na safra global do adoçante que, segundo levantamento mais recente do grupo, deve concluir o ciclo 2018/19 em 4,4 milhões de toneladas.

Nos próximos meses, o andamento da safra nos principais produtores do Hemisfério Norte, bem como as perspectivas para a próxima safra do Centro-Sul e da Europa, devem ditar o rumo das cotações do açúcar.

A perspectiva para a Índia está pautada por dúvidas quanto à viabilidade técnica e econômica de o país exportar 5 milhões de toneladas da safra recorde esperada para 2018/19 e à competitividade indiana em um ambiente de forte concorrência com a Tailândia. “A efetivação ou não das exportações da Índia, bem como seus impactos sobre o mercado físico na região, podem reverberar sobre as cotações internacionais do açúcar nos próximos meses”, pondera Botelho.

Na Tailândia, é esperada postura ainda mais agressiva dos exportadores, uma vez que os amplos estoques iniciais e os subsídios anunciados recentemente para a cana-de-açúcar devem aumentar ainda mais o apetite para vendas externas, mesmo que seja esperada pequena redução na produção da safra que se inicia. Neste sentido, os principais mercados importadores da Ásia devem ser disputados como nunca foram antes.

Já na União Europeia, o mercado conta com forte quebra agrícola nos campos cultivados com beterraba, o que deve paralisar as exportações de açúcar do bloco. Além disso, comenta-se que os baixos preços internacionais do açúcar, assim como a recuperação na rentabilidade de culturas concorrentes, como trigo e milho, devem reduzir o plantio de beterraba em 2019.

No Brasil, com a expectativa de quebra quase consolidada para a safra que se encerra no Centro-Sul, as atenções do mercado devem se voltar para a próxima temporada da região, que começará a ser processada entre março e abril do ano que vem.

Espera-se uma nova safra com disponibilidade limitada de matéria-prima, sendo o mix produtivo direcionado pelas usinas o principal determinante da produção de açúcar. “É esperado que a maior parte das empresas deem preferência à produção de etanol. Esta definição dependerá de fatores como a política de preços dos combustíveis sob o novo governo, do direcionamento dos preços internacionais do açúcar durante a safra e até do início da implementação do RenovaBio”, explica o analista da INTL FCtone, João Paulo Botelho.

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