AÇÚCAR & ETANOL
Vitor Andrioli

Vitor Andrioli

Formado em Ciências Econômicas pela UNICAMP com Mestrado em Desenvolvimento Econômico pela UFPR. Trabalha desde 2015 na Inteligência de Mercado da StoneX do Brasil como analista de Câmbio e Algodão.

Plantio no Brasil deve ser estimulado pela alta nos preços

Nas últimas semanas, o plantio de trigo no Brasil, que ocorre entre os meses de março e agosto começou a ser definido. Certamente a decisão dos triticultores tem sido fortemente influenciada pela firme tendência de alta nos preços, observada ao longo do último trimestre.

Conforme acompanhamento do CEPEA, os preços do cereal subiram 16,6% desde janeiro deste ano, sendo cotados a R$ 780,73 atualmente. Na média do período, os preços apresentaram um aumento significativo de 13,6% em relação à 2017.

Esse avanço, que ganhou força sobretudo a partir de Março deste ano, foi resultado de um aumento dos custos com frete e logística do trigo importado da Argentina, país responsável por 98,2% das importações brasileiras no último mês. A alta nos custos com logística do trigo importado reduziu significativamente as importações do Brasil, levando a um favorecimento do mercado doméstico, cuja demanda aquecida deu forte suporte aos preços.

Contudo, apesar das importações brasileiras de trigo terem caído significativamente no início do ano, conforme detalhamos nesta Matéria Especial, a expectativa era de um aumento na demanda externa a partir de março, com a retomada da comercialização dos grãos após os feriados de início de ano.

O suporte na logística argentina, resultante da demanda cada vez maior de mercados mais distantes situados na Ásia e na África, acabou surpreendendo os agentes neste início de ano, reduzindo as importações brasileiras de trigo originário na Argentina em 10,1% entre fevereiro e março.

Mercado doméstico aquecido deve estimular expansão de plantio no Brasil

Com a demanda interna aumentando no Brasil – atualmente, estima-se que devem ser importadas 7 milhões de toneladas de trigo em 2018, ultrapassando a média histórica recente de 6 milhões de toneladas – os triticultores estão otimistas quanto aos rendimentos da safra do trigo nas principais regiões de cultivo.

No Paraná, onde 89% do trigo nacional é plantado, o DERAL/Seab estima um aumento de 8% na área plantada em relação à 2017, o que deve resultar em uma área total de 1,05 milhão de hectares no estado. Os números para os rendimentos da colheita também são generosos: o incremento de 37% na produtividade deve resultar em uma produção de 3,3 milhões de toneladas, isto é, uma elevação de 49% em relação ao produto do ano passado.

Já no Rio Grande do Sul, ainda não há dados oficiais para a área plantada, porém, a forte demanda por sementes sobretudo no norte e noroeste do estado, observada durante todo o mês de março, indica que os triticultores se mantém otimistas quanto à cultura, o que deve garantir uma safra volumosa.

Finalmente, em São Paulo, o terceiro maior estado produtor do país, dentre os principais moinhos, espera-se um aumento de até 300 mil toneladas, o que deve resultar em uma expansão de até 15% na área plantada do estado.

Vitor Andrioli

Formado em Ciências Econômicas pela UNICAMP com Mestrado em Desenvolvimento Econômico pela UFPR. Trabalha desde 2015 na Inteligência de Mercado da StoneX do Brasil como analista de Câmbio e Algodão.

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