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Lavouras do Oeste Paranaense entram em fase crítica

mapa-centro-ocidental-paranaenseNa quarta-feira (28/10), terceiro dia de expedição, foi a vez do Oeste Paranaense, principal região produtora do estado, com área plantada de cerca de 1 milhão de hectares de soja. A região contém os importantes polos produtores de Foz do Iguaçu, Toledo e Cascavel e responde por 20% e 3% da área plantada de Paraná e Brasil, respectivamente. Apresenta histórico de elevada produtividade na safra de verão, tendo médias ao redor de 3,5 toneladas por hectares nos últimos anos.

Mesmo com os bons preços do milho no mercado interno, os produtores continuaram concentrando suas apostas na soja, que responde por cerca de 95% da área plantada no verão. A participação do milho primeira safra nessa região é menor que nas demais áreas visitadas no estado.
O desenvolvimento do plantio é muito semelhante do observado em Campo Mourão e Goioerê no dia anterior – calendário antecipado, com boas condições na fase inicial do ciclo. Muitos produtores semearam as primeiras áreas a partir do dia 08 de setembro (o vazio sanitário se encerra no dia 15, mas é possível plantar antes desde que não ocorra a emergência) e cerca de 90% da área foi finalizada antes do início de outubro. As chuvas foram menos intensas que em ciclos anteriores e permitiram aos produtores acelerarem o início da safra – apenas algumas áreas marginais, principalmente ao sul da região, que produziram trigo na safra de inverno realizaram o plantio em outubro.

Em algumas lavouras já é possível constatar o fim da fase vegetativa e o início da fase reprodutiva, com 50% das plantas já apresentando floração. Nas fotos (abaixo) é possível ver que as plantas estão com tamanho inferior ao que normalmente seria observado nessa fase, isso se deve provavelmente a baixa temperatura dos solos da região até o início de outubro que reduziram o arranque inicial da soja. Até o momento as consequências negativas desse fator são bastante moderadas.

Os próximos 10 dias serão muito importantes, as chuvas intensas ao longo da semana foram excessivas para a atual fase da safra e há previsão de baixa temperatura para os próximos dois dias com a entrada de uma frente fria (boa parte da região registrou temperatura abaixo de 10 graus durante a última noite – 28/10). Por fim, as chuvas devem voltar com força a partir da próxima segunda-feira (30/10), com os solos ainda em condição elevada de umidade e baixa temperatura (vide relatório de clima link). Nesse sentido, será importante observar as condições das lavouras após essa sequência climática – no momento as lavouras precisam de sol e calor intenso.

A região também deve concentrar a colheita em janeiro, apenas áreas marginais serão colhidas em fevereiro, e com isso colocar o período de desenvolvimento da ‘safrinha’ entre fevereiro e início de maio, com perspectivas de boas condições climáticas – o que aumenta consideravelmente as perspectivas de produtividade para a próxima ‘safrinha’. Na última safra, os produtores da região realizaram ‘safrinha’ de milho em cerca de 71% da área plantada com soja na safra verão. É possível uma expansão nessa área, mas os produtores ainda estão se decidindo. O preço do milho nos próximos dois meses e a evolução da colheita serão fatores críticos na determinação de uma possível expansão de área.

A comercialização na região também está atrasada em relação aos anos anteriores e é estimada entre 10-20% da produção prevista para a primeira safra de soja.
A fase do plantio foi melhor que nos anos anteriores, o que deixa os produtores com otimismo em relação aos resultados do atual ciclo. Entretanto, a fase crítica ainda será em dezembro, quando será necessário elevado nível de umidade no solo – deve ser salientado que esse período é crítico para 90% da safra está concentrada em um intervalo de pouco mais de 3 semanas. Além disso, as evolução da lavoura nos próximos dez dias também precisa ser monitorado.

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Lavoura crescendo na palhada em Toledo. Fotografia: Thadeu Silva / StoneX

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Lavoura sente os efeitos da chuva perto de Toledo. Fotografia: Thadeu Silva / StoneX

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Planta em florescimento em Cascavel. Fotografia: Thadeu Silva / StoneX

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Lavoura com mais de 30 dias após a emergir em Foz do Iguaçu. Fotografia: Thadeu Silva / StoneX

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