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Ana Luiza Lodi

Ana Luiza Lodi

Formada em Ciências Econômicas pela UNICAMP com Mestrado em Teoria Econômica pela mesma universidade. Trabalha desde 2012 na Inteligência de Mercado da StoneX do Brasil, com foco na área de grãos.

Estoques argentinos devem limitar possível reação de preços

País teve produção recorde no ciclo 2016/17 e estoques de passagem devem garantir disponibilidade elevada

O plantio da safra de milho da Argentina está 32,8% completo de acordo com a Bolsa de Cereales. Esse percentual está abaixo do que seria normal para o período. Algumas áreas do país registraram chuvas pesadas desde o início do período da semeadura, resultando em excesso hídrico. Com isso, os trabalhos no campo foram prejudicados. Por outro lado, outras áreas sofreram com a falta de chuvas para o andamento do plantio.

Até o final da última semana, o plantio dos lotes adiantados foi finalizado na área central do país, como na província de Córdoba. A partir de agora, os avanços na semeadura do milho devem ficar lentos. Isso porque o foco muda para o plantio da soja, que está começando. No final de novembro e início de dezembro, o plantio do milho volta a ganhar fôlego com a implantação das áreas mais tardias de cultivo do cereal. Neste caso, o plantio deve se estender até o final de janeiro de 2018. Segundo a Bolsa de Cereales, considerando somente as áreas onde o milho é semeado mais cedo, o plantio está 78,4% completo. Dessa forma, parte dessa área pode acabar sendo semeada somente no período mais tardio.

As condições desse milho plantado mais cedo estão, no geral, muito boas. A classificação excelente totaliza 7,2%; a boa tem 77,4%; a normal tem 13% e 2,4% está na condição regular. Sendo assim, não há milho em condições ruins, pelo menos por enquanto. A maior parte destas áreas também apresenta condições de umidade favoráveis. Das lavouras, 71,8% registram condições ótimas ou adequadas de umidade. Por outro lado, 22,6% da área está com condições de excesso hídrico.

Distribuição do cultivo tem mudado

Atualmente, cerca de 40% do milho argentino é plantado nos lotes mais cedo, o que representa uma mudança de distribuição do cultivo. No passado, estes lotes mais cedo alcançavam 80% do milho semeado no país. Apesar de o milho de cultivo tardio alcançar, em geral, menor produtividade média, os níveis de rendimento tendem a ser mais estáveis, sem grandes variações de um ano para o outro, por exemplo. Diante desse cenário, o produtor tem enxergado vantagens neste cultivo mais tarde. O milho plantado mais cedo vai chegar ao mercado no começo do ano, ao redor do mês de março. Enquanto isso, a colheita dos lotes tardios se estende até meados do ano, chegando ao segundo semestre.

Essa área menor de cultivo mais cedo, que pode ser ainda menor neste ano, com os atrasos registrados, tende a resultar em uma menor disponibilidade de milho no país no início de 2018, o que poderia configurar um suporte aos preços. Contudo, como a Argentina teve recorde de produção no ciclo 2016/17, os estoques de passagem ainda devem garantir uma disponibilidade bastante elevada do cereal, limitando uma possível reação mais forte dos preços.

Ana Luiza Lodi

Formada em Ciências Econômicas pela UNICAMP com Mestrado em Teoria Econômica pela mesma universidade. Trabalha desde 2012 na Inteligência de Mercado da StoneX do Brasil, com foco na área de grãos.

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