Desenvolvimento da soja está sujeito ao excesso de chuvas em algumas lavouras e precipitações concentradas em poucos dias em outras
As condições climáticas têm ditado as ‘regras do jogo’ para muitos produtores de grãos na safra 2015/16. Destaca-se que, no Piauí, algumas lavouras receberam chuvas demasiadas, enquanto, em outras localidades, as precipitações foram muito concentradas em poucos dias, reduzindo a absorção do solo.
Produtores do distrito de Uruçuí esperam quebra de 50-55% em relação ao potencial e 10-20% em relação ao rendimento conquistado no ano passado. De acordo com o agrônomo Luiz Tadeu Jordão, o calor foi a principal causa da quebra, ao impedir o pleno desenvolvimento das raízes.
Para o produtor Wilson Marcolin (foto), que plantou 620 hectares de soja, 480 de milho verão e 150 de arroz em área nova, as produtividades esperadas (35-40 sacas/ ha de oleaginosa e 115-120 sacas/ ha de cereal) ainda dependem de novas chuvas. No ano anterior, Marcolin colheu 40 sacas/ ha de soja e 138 sacas/ ha de milho. Para o ciclo recorrente, ele espera que o potencial da região esteja em 50 sacas/ ha para a soja e 150 sacas/ ha no caso do milho.
Atrasos no plantio da oleaginosa fizeram com que muitos produtores finalizassem o trabalho da semeadura em janeiro e, portanto, é esperada uma redução significativa no cultivo do milho ‘safrinha’. Destaca-se que é possível que haja maior preferência pelo plantio do milheto ou braquiária, já que o cereal da safra inverno possui baixa produtividade na região.