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EUA não renovarão isenções para se importar petróleo do Irã   

Os futuros do petróleo fecharam o pregão desta segunda-feira (22) em alta, com a confirmação do Departamento de Estado dos EUA que as isenções de oito países para importar petróleo do Irã, que se encontra sobre embargo dos americanos, não serão renovadas. Relatos sobre a decisão já circulavam na mídia no dia anterior, de modo que o mercado já abriu em alta, e apresentou comportamento relativamente lateral no restante do pregão. O Brent fechou o dia em alta de 2,88% (207 pontos), a USD 74,04/bbl, enquanto o WTI registrou avançou de 2,66% (170 pontos), a USD 65,70/bbl.

A divulgação da decisão do governo americano foi uma surpresa para o mercado, que esperava o anúncio somente para o dia 3 de maio, data de expiração das isenções dos oito países. Também se esperava que parte das isenções seriam renovadas para mais seis meses.

Os comunicados do Departamento de Estado e da Casa Branca afirmaram que a Arábia Saudita, os Emirados Árabes Unidos e outros aliados estão comprometidos em garantir que os mercados globais de petróleo permaneçam adequadamente supridos, e que concordaram em tomar medidas para garantir que a demanda global seja atendida. Não está claro se isso significa que esses países abandonarão seus tetos de produção do acordo da OPEP+ imediatamente (o que abriria espaço para os demais países do acordo fazerem o mesmo), ou somente apoiarão a não renovação do acordo após seu término, no final de junho (como já era esperado caso os EUA não rolassem as isenções). Lembramos que a produção da Arábia Saudita se encontra abaixo de sua cota no acordo da OPEP+, de modo que pode aumentá-la em 500 mil barris por dia (kbpd) sem descumprir o pacto.

Dessa maneira, visualizamos dois possíveis cenários para o curto prazo:

1- O Irã deixa de ofertar 1 mbpd a partir de maio; a Arábia Saudita aumenta sua oferta em 500 kbpd nas próximas semanas, e o acordo da OPEP+ continua em vigor até o final e junho. O balanço de oferta é pressionado justo no período de pico sazonal da demanda das refinarias, que constroem estoques de gasolina para a driving season, gerando um déficit de curto prazo no balanço global. O mercado retorna para o equilíbrio ou superávit a partir do terceiro trimestre, todavia, sem o spare capacity dos países da OPEP+, fica abalável a interrupções na produção por outros fatores, como a crise política na Venezuela, a Guerra Civil na Líbia etc. Nessa conjuntura, projetamos preços do Brent entre USD 75-85/bbl no curto prazo, e retorno para a faixa de USD 65-75/bbl no médio prazo.

2- O Irã deixa de ofertar 1 mbpd a partir de maio; a OPEP+ abandona antecipadamente o acordo de ajuste de oferta de dezembro passado, e aumenta sua produção em até 1,5 mbpd ao longo das próximas semanas. Nesse caso, o mercado permanece bem suprido inclusive no curto prazo, apesar de ficar mais abalável a interrupções na produção por outros fatores sem o spare capacity dos países da OPEP+. Nesse caso, mantemos nosso cenário de curto e médio prazo para o Brent na faixa de USD 65-75/bbl. O mercado também permanece sujeito a sobreoferta e um novo colapso nos preços no final do ano, período de demanda sazonalmente baixa.

Também é necessário se levar em consideração a possibilidade de os EUA não conseguirem zerar as exportações do Irã de fato. No embargo anterior ao Acordo Nuclear, países como a China e a Índia continuaram a adquirir produto iraniano, violando as sanções internacionais. A União Europeia já criou um veículo que possibilidade comercializar produtos com o Irã sem o uso do dólar ou do sistema interbancário Swift, do qual bancos iranianos foram banidos. Acreditamos ser pouco provável que empresas e países violem o embargo dessa vez, visto que o risco de sofrerem punições do governo americano é superior à recompensa de se adquirir petróleo iraniano com desconto. Apesar disso, não se deve descartar essa possibilidade, que teria efeito baixista no mercado.

Como o embargo contra o Irã tem maior impacto no mercado internacional que no americano, o Brent avançou mais que o WTI, estendendo o spread entre os produtos para USD 8,49/bbl (para a tela de junho).

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