Desde a descoberta da nova variante, a preocupação do mercado em relação ao avanço da COVID-19 ao redor do globo segue concretizando quedas contínuas nas cotações do petróleo ao longo das últimas semanas.
O principal ponto de atenção dos agentes se deu no alto nível de mutação da variante, o que poderia abrir espaço para a chegada de novas ondas de contágio intensas ao redor do globo.
No dia 17/12, o governo dinamarquês propôs a imposição de medidas de restrição de mobilidade mais severas para o combate do vírus. Paralelo a isso, algumas empresas dos EUA adiaram o retorno do trabalho presencial, enquanto as autoridades de determinados estados do país começam a impor medidas restritivas leves.
Além disso, de acordo com dados divulgados pelo Reino Unido, África do Sul e Dinamarca, os novos casos da variante ômicron vem dobrando a cada dois dias nesses países. Tal situação vem em linha com os estudos sobre a maior capacidade de contágio da nova variante em relação às cepas anteriores.
No dia 21/12, a Europa registrou 369,1 mil novos casos e 3908 mortes pelo vírus. Mesmo com as evidências sobre a menor agressividade da ômicron, a preocupação é que a capacidade desta de se multiplicar de forma mais acelerada pode acarretar aumento das mortes e, por consequência, medidas restritivas mais intensas.
Novos casos e mortes por COVID-19 na Europa (Média móvel 7 dias)
Fonte: Our World in Data. Elaboração: StoneX.
Ainda assim, as novas análises indicam que as medidas de restrição tendem a ser menos intensas e por um curto período, dado o avanço das campanhas de vacinação nos principais países consumidores de petróleo no mundo.
Paralelo a isso, algumas empresas responsáveis pelo desenvolvimento das vacinas atuais, como a Pfizer e a Moderna, afirmaram que as duas doses da vacina são capazes de combater a nova cepa, indicando assim que as novas ondas de contágio tendam a ser menos letais do que o observado com a variante delta.