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Vitor Andrioli

Vitor Andrioli

Formado em Ciências Econômicas pela UNICAMP com Mestrado em Desenvolvimento Econômico pela UFPR. Trabalha desde 2015 na Inteligência de Mercado da StoneX do Brasil como analista de Câmbio e Algodão.

Real ganha força com alívio no exterior e avanço na agenda de reformas 

Perspectiva de acordo entre China e EUA conferia suporte às moedas emergentes

Alinhado ao movimento de recuperação das moedas de economias emergentes, e repercutindo as expectativas para uma entrada mais intensa de divisas no mercado doméstico após a aprovação da nova Previdência, o real brasileiro teve uma semana de fortes ganhos diante da moeda americana. Na última sexta-feira (25), o par dólar/real recuou 0,9%, operando muito perto do nível psicológico dos R$ 4,00. No acumulado da semana, a taxa de câmbio recuou 2,7%, cotada a R$ 4,009.

No exterior, o dólar ganhou um pouco de fôlego ao longo da última semana com a melhora nas expectativas para um acordo entre Estados Unidos e China e em meio à continuidade do impasse do Brexit. Depois de ser negociado perto de suas mínimas em cerca de dois meses diante de uma cesta de divisas de economias avançadas no início da semana passada, o dólar recuperou-se com a sinalização de que os termos de um tratado comercial parcial estão bastante avançados. Ademais, oficiais do governo chinês sugeriram que o país retomará as importações de produtos agrícolas americanos, oferecendo elevá-las a US$ 20 bilhões em um primeiro ano do acordo e a cifras superiores no caso de uma suspensão completa das tarifas punitivas que incidem atualmente sobre as exportações do país. Em alta semanal de 0,1%, o dollar index encerrou a última sexta-feira cotado a 97,05.

A redução na cautela dos investidores, proporcionada pelos avanços percebidos no front da guerra comercial, também favoreceu uma ligeira recuperação das moedas de economias emergentes como um todo. Na semana, o índice JPMorgan avançou 0,2% e encerrou cotado a 61,29 pontos. A continuidade dessa recuperação estará, em grande parte, condicionada aos progressos para a resolução da disputa tarifária entre Estados Unidos e China.

Cenário externo

Os mercados acionários americanos avançavam nesta segunda-feira (28), retomando os níveis recordes atingidos em julho, em reação ao anúncio do presidente americano, Donald Trump, de que espera assinar uma parte significativa do acordo comercial com a China antes do previsto. Até o momento, o cronograma indicava a formalização da “fase um” do acordo em meados de novembro no Chile, durante o encontro de cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC).

A aprovação de algum acordo, mesmo que parcial, deve contribuir para amenizar as preocupações com o desaquecimento das economias dos Estados Unidos e da China, e reduzir os impactos, por meio das cadeias globais de produção, sobre o dinamismo da economia mundial. Entre as demandas de Pequim para esta “fase um” estão o cancelamento de novas elevações de tarifas e a remoção de parte daquelas que já incidem sobre as exportações chinesas. Washington, por sua vez, busca obter deste acordo parcial o compromisso chinês de elevar suas compras de produtos agrícolas do país, maior abertura do mercado de serviços financeiros da China, garantias melhores para a propriedade intelectual e um pacto cambial.

A semana também se inicia com as repercussões para a eleição presidencial na Argentina, que aconteceu neste domingo. Assim como sugerido pelas eleições primárias no início de agosto, o candidato de oposição, Alberto Fernández, foi eleito em primeiro turno com 48,1% dos votos, contra 40,4% do atual presidente, Mauricio Macri. Com a economia castigada por baixo crescimento, inflação alta, aumento da pobreza e déficits acentuados nas contas públicas e no balanço de pagamentos, os eleitores optaram por devolver o poder ao peronismo, depois de a abordagem pró-mercado do governo Macri não ser suficiente para corrigir esses desequilíbrios.

Os mercados reagiam com certa tranquilidade à vitória já esperada de Fernández, e com a expectativa de uma transição tranquila de governo. O peso argentino operava estável nesta manhã, depois de o presidente do Banco Central, Guido Sandleris, anunciar novos limites de compra de moeda estrangeira. Restringindo a aquisição de divisas a US$ 200 por mês por pessoa até dezembro, o governo busca evitar novas perdas às reservas internacionais do país. Desde que as eleições primárias sugeriram uma derrota de Macri, as reservas do país foram reduzidas em cerca de US$ 22 bilhões para US$ 43,5 bilhões atualmente. O limite de aquisição mensal de dólares não será aplicado aos organismos internacionais e representações diplomáticas com atuação na Argentina, assim como a instituições de crédito à exportação. Empresas exportadoras continuam obrigadas a converter suas receitas em pesos em até cinco dias após o recebimento.

Vitor Andrioli

Formado em Ciências Econômicas pela UNICAMP com Mestrado em Desenvolvimento Econômico pela UFPR. Trabalha desde 2015 na Inteligência de Mercado da StoneX do Brasil como analista de Câmbio e Algodão.

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