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Marcelo Bonifacio

Formado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Possui experiência em pesquisa e análise nos mercados de commodities. É analista em Inteligência de Mercado da StoneX do Brasil com foco em Açúcar e Etanol.
Este texto teve a colaboração de João Lopes.

Exportações de algodão do Brasil fecham 2021 em 2 milhões de toneladas

Mês de dezembro registra segundo maior volume embarcado no ano

O ano de 2021 seguiu sendo extremamente positivo para o exportador brasileiro de algodão. O país fechou o ciclo 20/21 exportando 2 milhões de toneladas da fibra natural, segundo maior volume nos últimos 5 anos. A forte demanda internacional, especialmente da China, e o crescimento da importância da safra brasileira, motivaram esse desempenho mais favorável pelo terceiro ano seguido – até 2018 o Brasil não exportava mais de 1 milhão de toneladas da pluma ao ano.

Em 2021, a produção brasileira foi afetada pelo atraso no plantio da soja, que acabou não somente adiando a semeadura do algodão como provocou cortes de área. Com isso, o segundo semestre do ano passado ficou sujeito a um menor ritmo de exportações mensais, que vinha alto a partir de outubro de 2020 frente a um plantio robusto na safra 19/20, se arrastando até meados de maio/21. A partir de então, os estoques de curtíssimo prazo brasileiros se encurtaram até que em agosto foram exportadas apenas 50 mil toneladas da fibra – algo natural do ponto de vista sazonal, mas significou uma desaceleração brusca.

Entre setembro e outubro, com a entrada dos fardos brasileiros após a colheita nos principais produtores (Bahia e Mato Grosso) os desembarques foram melhorando e em dezembro, o Brasil exportou 270 mil toneladas de algodão, quantidade mensal menor apenas se comparado a janeiro/21. Vale ressaltar, as exportações de novembro foram menores em relação a outubro, algo atípico mesmo se for considerar a safra menor no Brasil.

Um dos motivadores dessa retração é a crise logística internacional, em que os custos com fretes marítimos continuam elevados e há escassez de navios e contêineres, afetando também as exportações nos Estados Unidos e o comércio global como um todo. Ainda, as importações chinesas vinham em declínio desde janeiro, tendo sido importada uma média mensal abaixo de 100 mil toneladas entre agosto e outubro, com uma retomada em novembro, porém. A menor demanda na China, principal comprador da pluma brasileira, afetou diretamente o Brasil neste período, assim.

No geral, das 2 milhões de toneladas de algodão exportadas pelo Brasil, 582 mil (29%) foi para a China, 340 mil (17%) para o Vietnã, 266 mil para a Turquia (13%) e o restante para outros países asiáticos como Bangladesh, Paquistão e Indonésia – importantes parceiros comerciais no setor e localidades com uma indústria têxtil importante.

Por fim, a virada de 2021 para 2022 se mantém positiva para a fibra natural brasileira e pode ser o oposto do que vimos no ciclo anterior. O atraso na colheita e, logo, nos embarques deve manter volumes significativos exportados no primeiro semestre de 2021, mas em um ritmo decrescente natural até que se apertem os estoques na entressafra. O aumento na área plantada, estimada pelo IMEA em 14,7% só no Mato Grosso, incentivado pelos preços internacionais favoráveis e pela demanda crescente com a retomada das economias deve trazer uma produção mais volumosa e, assim, mais cargas para o escoamento à exportação no final do ano.

Exportações mensais brasileiras (mil toneladas)

Fonte: MDIC. Elaboração StoneX.

Marcelo Bonifacio

Formado em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Possui experiência em pesquisa e análise nos mercados de commodities. É analista em Inteligência de Mercado da StoneX do Brasil com foco em Açúcar e Etanol.
Este texto teve a colaboração de João Lopes

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