A estiagem registrada em dezembro/18 e janeiro/19 impactou negativamente as lavouras de cana-de-açúcar da Mesorregião de Piracicaba. O ganho de massa ficou entre 4 e 6 t/ha no período, sendo que a normalidade é de 12 a 13 t/ha.
Linhas de colheita retas evitam compactação pela manobra do maquinário
As chuvas observadas a partir de fevereiro foram bem-vindas, embora os solos continuem apresentando déficit hídrico. “Sob a ótica das atividades de campo, a maior umidade nos últimos meses levou à relativa compactação e pisoteio em algumas áreas, mas a boa sistematização do solo limitou os impactos”, relata o analista de mercado da StoneX que viaja a campo, Matheus Costa.
Espera-se que a produtividade média fique próxima àquela registrada no ciclo 2018/19 (abr-mar), com indicações de que maior quantidade de cana-de-açúcar seja destinada à destilação de etanol em relação ao que foi planejado anteriormente. Ainda assim, o mix alcooleiro deve ficar abaixo do ciclo anterior.
Apesar de uma taxa de renovação de entre 13% e 14%, a idade média dos canaviais deve avançar para 4,2 anos, limitando o potencial produtivo das lavouras. Ainda em relação às condições, houve relatos de incidência da broca-da-cana (Diatraea saccharalis) em cerca de 2% da área, mas o controle foi realizado com sucesso. Notou-se crescimento do bicudo-da-cana (Sphenophorus levis) nos rizomas e colmos.